Na devoção católica, maio é o mês dedicado a Maria de Nazaré, a mãe de Jesus.
Em Icó essa devoção teve início com os primeiros colonizadores, os chamados Homens do São Francisco, sertanistas que desbravaram as margens do Rio São Francisco. Estes colonos chegaram às margens do Rio Salgado e fundaram o primeiro núcleo de povoamento a partir dos currais de criar gado, que mais tarde tornou-se o Arraial dos Icós, posteriormente vila e cidade de Icó.
Como diz a tradição histórica, os colonos sempre traziam consigo imagens de santos protetores.
Dentre estas imagens a de Maria, na devoção de Maria da Esperança do Bom Parto, designada também por Nossa Senhora da Expectação do Bom Parto ou simplesmente Nossa Senhora do Ó.
Segundo relatos de historiadores, o núcleo urbano que deu origem à cidade teria sido elevada em torno de uma capela dedicada a Nossa Senhora do Ó, construída para abrigar o corpo de uma jovem da família Monte, morta nos conflitos envolvendo a sua família e a dos Feitosa.
Nossa Senhora do Ó tornou-se então a padroeira do Icó e sua capela transformou-se na Igreja Matriz da cidade.
A veneração à Maria em Icó perdura ao longos de séculos, tendo três santuários principais em honra à Nossa Senhora da Expectação, Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora da Conceição. Além de imagens que remetem à veneração da Virgem. Dentre elas: Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Nossa Senhora da Apresentação, Nossa Senhora da Paz, Nossa Senhora da Penha, Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora das Dores.
Durante todo o mês são celebradas novenas e missas, encerrando com a tradicional coroação da imagem.
