segunda-feira, 31 de março de 2008

FESTIVAL DE MÚSICA DE CÂMARA - I E II EDIÇÕES



Nos anos de 2006 e 2007 o Icó sediou o Festival de Música de Câmara da região Vale do Salgado. O evento foi uma iniciativa da Secretaria da Cultura do Estado em parceria com o Ministério da Cultura e Secretaria da Cultura de Icó. Nas duas edições a cidade contou com várias apresentações, além de estudos e formação no campo musical.
O Festival contava com apresentações no Teatro da Ribeira dos Icós, apresentações de Bandas de Músicas Municipais (de toda a região Vale do Salgado) e apresentações de grupos musicais no palco externo ao lado do Teatro, além de oficinas, palestras e exibições de filmes.
No palco do Teatro apresentaram-se músicos como os da Orquestra de Cãmara Eleazar de Carvalho, o Doutor em Acordeon Rodolfo Forte, o violinista norte-americano James Alexander, a pianista Duda Di Cavalcante e o Tubista norte-americano Joseph Skillen. Além de vários grupos instrumentais e corais. Reunindo estilos que variavam do erudito ao popular, do clássico ao contemporâneo, do laico ao sacro.
No palco externo apresentaram vários grupos musicais, com sons alternativos e de raiz, a exemplo do grupo “Dona Zefinha” e o sanfoneiro Waldonys.
A grande atração do Festival foi a presença do Ministro da Cultura Gilberto Gil, que fez a abertura com a entrega do Teatro que passou por uma reforma e cantou algumas de suas famosas composições no palco externo.
Contudo, o Festival não ficou apenas no campo artístico, mas sim, buscou também explorar o campo educativo. Com o objetivo de aprimorar conhecimentos musicais dos jovens do sertão, várias oficinas foram ministradas, dentre elas a Musicalização e Didática, Instrumental Sopros, Instrumental Percussão, Instrumental Contemporâneo, Instrumental Voz, Tecnologia e Produção e Instrumental Cordas.
As duas edições foram apresentadas durante 9 dias, no entanto, seus frutos ainda estão sendo colhidos na cidade do Icó e em toda a região. O despertar da cultura musical, fortalecendo a cultura local e levando ao povo simples o gosto pela musica, são conseqüências deste belo trabalho.
A continuidade deste trabalho é sentido com a criação do Núcleo de Música que funciona no Sobrado do Canela Preta, onde vários jovens aprimoram seus conhecimentos musicais e aprendem mais sobre a música. Tornando o Icó um grande centro musical e cultural.

Antonio José Lima Pereira

domingo, 30 de março de 2008

FESTA DO SENHOR DO BONFIM - ICÓ - 2007/2008

Vídeo produzido com registros fotográficos feitos por fiéis durante a Festa do Senhor do Bonfim.

Antonio José Lima Pereira

Vídeo com imagens da enchente do Rio Salgado na cidade do Icó.

sábado, 29 de março de 2008

ENCHENTE NO RIO SALGADO - ICÓ


Assim como nos anos de 1960, 1984 e 2004, o Rio Salgado apresentou aumento considerável de seu volume de água, configurando-se como uma das suas maiores enchentes.
O Rio Salgado nasce no sul do Ceará, na região do Cariri, desaguando no Rio Jaguaribe na área do município do Icó. Em sua extensão banha 23 municípios. Sua bacia é formada por vários rios, dentre eles estão o Batateiras, Missão Velha e Grangeiro, além de pequenos riachos. Sua bacia banha uma extensão de 13.275,0 km. Como um dos mais importantes afluentes do Rio Jaguaribe é um dos responsáveis pelo abastecimento do reservatório do Castanhão.
A história deste rio se confunde com a história do povo icoense. A partir da colonização do sertão acompanhando o leito dos rios, os colonos chamados de "homens do (rio) São Francisco" chegaram a estas terras e formaram o primeiro núcleo de povoamento. O próprio alinhamento das ruas da antiga vila, criadas sob Carta Regia do Rei de Portugal, delimitava o traçado das ruas seguindo o curso do rio.
A exploração de suas margens através de lavouras e a construção de moradias em seu leito, ao longo de toda a sua extensão, contribuiu para um assoreamento, tornando fácil as cheias.
Com as chuvas intensas durante o mês de março, o Salgado está com grande volume e causando destruição ao longo do curso. No Icó várias comunidades foram atingidas pelas águas, Conjunto Pedrinhas, GH1, GH2 e bairros da sede (São Vicente, DNER e Rua Sr. do Bonfim).
Várias ações estão sendo tomadas pela sociedade e pelo poder público para atendimento das vítimas das enchentes. Contudo, ações de preservação das matas ciliares e de uso sustentável do Rio Salgado precisam ser feiras, para fins de diminuirem os danos causados.

sexta-feira, 28 de março de 2008

70 ANOS - COLÉGIO SENHOR DO BONFIM


COLÉGIO SENHOR DO BONFIM - ICÓ
70 ANOS
No dia 1º de março de 2008 a comunidade icoense e escolar festejaram os 70 anos do Colégio Senhor do Bonfim. As comemorações foram iniciadas em setembro de 2007 com um desfile temático pelas ruas da cidade, onde as alas faziam uma retrospectiva histórica da criação até os nossos dias. Em outubro através da Feira Cultural os alunos mais uma vez resgataram a história desta escola através de exposições montadas nas salas e de apresentações artísticas. No encerramento das comemorações foi celebrada uma Missa e em seguida na escola foi descerrada a placa comemorativa, onde foi relembrando através de uma dramatização a criação da escola e foi lido um breve histórico.
O Colégio Senhor do Bonfim foi criado em janeiro de 1938, pertencente ao quadro educativo da Congregação das Filhas de Santa Tereza de Jesus, sediada em Crato.
Sentindo a necessidade de levar educação às jovens do interior, a Rev. Matre Tereza Couto, juntamente ao Bispo Dom Quintino e a Irmã Tereza Machado, juntamente ao povo icoense, decidem pela criação de uma escola em Icó, sob a proteção de Santa Tereza e do Senhor do Bonfim.
Funcionando inicialmente num sobrado cedido pela Paróquia N. Sra. da Expectação na rua Dr. Inácio Dias, em agosto do mesmo ano é transferida para a sede definitiva, no prédio comprado ao Padre Bernardino Antero, onde ficava a antiga casa da família Antero. Na aquisição do prédio a Congregação recebeu como doação a Capela do Coração de Jesus e ficou responsável pelo cemitério particular da família.
Até o ano de 1975 a escola esteve sob direção das irmãs da Congregação e dedicou por longo tempo a educação apenas das jovens, servindo de noviciado e formando-as no curso Normal. Dos anos de 1975 a 1989 estiveram na direção as ex-alunas e também ex-professoras Eutímia e Irismar Maciel. De 1990 a 2000 a direção esteve sob coordenação das educadoras Lourdes Maciel e Silvia Pinheiro. A partir de 2001 a escola volta a direção das Filhas de Santa Tereza.
Nestes 70 anos o Colégio Senhor do Bonfim contribuiu com a formação educativa, social e cultural do povo icoense e da região. Com um ensino de qualidade e pautado nos ensinamentos cristãos, o CSB pode ser considerado um patrimônio icoense, sua sede e sua memória e daqueles que estudaram e lá trabalharam, marcam um período da história do Icó.




terça-feira, 25 de março de 2008

FESTA DO SENHOR DO BONFIM

Vídeo apresentado no Projeto MINHA TERRA do EDUCAREDE, pela Equipe Miguel Porfírio, formado pelos alunos do CEREPJAM: Francisca Priscilla da S. Aquino, Gleison M. Ferreira, Jany Cleide de Oliveira, Marcus Vinicius B. Silva,
Thays P. Rodrigues e Viviane Victor de Lima, sob coordenação do Prof. Antonio José Lima Pereira.

PROF. MIGUEL PORFÍRIO DE LIMA - HOMENAGEM PÓSTUMA.

No último dia 06 de março de 2008 a cidade recebeu com pesar a notícia da morte de um dos seus mais ilustres filhos, o Prof. Miguel Porfírio de Lima, conhecido por todos como o Tio Miguel.
Nascido aos 18 de março de 1921, no sítio são Romão, filho de agricultores, trabalhou em diversas atividades inclusive no campo. Foi Mestre de Fiação em uma fábrica de tecidos, trabalhou no serviço público federal em órgãos como o DNPM e Ministério da Agricultura. No município do Icó foi Secretário de Educação e lecionou como professor do Estado nas escolas CIENTE (Centro Icoense de Ensinos Técnicos), Colégio Sr. do Bonfim e Escola Ana Vieira Pinheiro. Sócio-fundador da ACEJI (Associação Cearense de Jornalistas do Interior), participou como correspondente dos jornais Associados do Ceará, Unitário e Correio Ceará. Colaborou também com as rádios Iracema e Centro Sul de Iguatu e Quincôe de Acopiara.
Como historiador o Prof. Miguel Porfírio teve o seu grande destaque. Coletou as mais variadas informações e documentos sobre a história do Icó, reunindo seus escritos nas obras Icó em fatos e Memórias, volumes I e II.
Defensor da preservação da memória do povo icoense, trabalhou em incansáveis palestras, cursos e seminários, além de acompanhar estudos de campo com estudantes da cidade, cidades circunvizinhas e universidades, sempre contando um pouco da história do Icó. Seus discursos mesclavam o historiagráfico com os ditos populares, bem como as famosas lendas e casos, que encantavam jovens estudantes e experientes Doutores.
Recebeu em 2006 o título de "MESTRE DA CULTURA", num projeto da Secretaria de Cultura do Ceará, que destacava personagens importantes da cultura cearense.
Antes de morrer, o incansável Tio Miguel narrou a história de alguns personagens icoenses e a história de antigos sobradões.
Podemos definir a memória do Icó como antes e depois de Miguel Porfírio. Seu legado está presente na manutenção do Patrimônio Histórico e Cultural Tombado, na leitura e releitura de nossa história e na luta pela preservação e divulgação de nossa memória.

Antonio José Lima Pereira

segunda-feira, 24 de março de 2008

CRIAÇÃO DA PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO - ICÓ.

Com uma Missa Presidida pelo Bispo Diocesano de Iguatú Dom José Doth, foi criada em 25 de março de 2008 a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário.
Após seis anos funcionando como área pastoral, vinculada à Paróquia Nossa Senhora da Expectação, foi criada a Paróquia Nossa Senhora do Rosário. Abrangendo parte da sede da cidade (tendo como linha divisória a rua Monsenhor José Frota) e os distritos de Icozinho, Pedrinhas e São Vicente.
Assume como 1º Vigário o Padre João Melo.
Merece menção a atuação pastoral do Pe. Fernando Cavalcante que iniciou o processo de elevação da área pastoral para a condição de paróquia.
O Santuário dedicado à imagem de Nossa Senhora do Rosário, ou Nossa Senhora dos Homens Pardos teve em 1888 o ano de sua conclusão.
Com linhas do barroco, o templo possui três naves e na nave central está o altar principal, que guarda imagens como a de Santa Luzia, São Benedito e Nossa Senhora da Apresentação, além da imagem principal de N. Sra do Rosário.
Inicialmente construída para ser sede da Ordem Religiosa de Nossa Senhora dos Homens Pardos, por ser a padroeira dos negros. Abriga a história de ter sido o único templo que podia ser frequentado pelos negros escravos na cidade.
O templo passou por um processo de recuperação e a imagem passou por um restauro.
Hoje, mais um capítulo se acrescenta a história desta magnífica construção. Passa a ser a Igreja Matriz da paróquia dedicada a Maria sob o título de Senhora do Rosário.

Antonio José Lima Pereira

ESPETÁCULO TEATRAL: AGNUS DEI.




Numa iniciativa da Secretaria da Cultura do Icó, foram apresentados nos dias 22 e 23 de março de 2008, o espetáculo Agnus Déi, dirigido por Acácio de Montes, que contou com a participação de icoenses como atores e corpo técnico.
Utilizando o espaço do Largo do Theberge como cenário, a produção tornou-se ainda mais bela e interessante. O Teatro da Ribeira, com suas linhas neoclássicas, serviu de cenário para o Palácio de Pilatos. O Santuário do Senhor do Bonfim foi palco da Crucificação.
Merecem destaques a atuação de Joab de Almeida com Jesus e Nailê Cidrão como Maria. Bem como a apresentação lírica de Auzeneide Cândido como Nossa Senhora das Dores, cantando a Ave Maria.
O espetáculo emocionou a pequena multidão que compareceu nos dois dias de espetáculo.
Esta iniciativa merece os parabéns por levar a comunidade a frenquentar o centro histórico tombado e tornar vivo este espaço de memória.
Antonio José Lima Pereira
Icó, sua memória e cultura.
Como estudioso da história do Icó e sentindo a necessidade de registrar os fatos ocorridos e que ocorrem em nossa cidade, decidi pela criação deste blog. Que ele sirva de elemento para a divulgação da nossa cidade, bem como de instrumento para a coleta de informações. Tornando-se mais uma ação para a preservação de nossa memória e cultura.
Antonio José Lima Pereira