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Após séculos, as imagens sacras pertencentes ao acervo material icoense passaram por restauro.
O Icó possui um grande acervo de imagens sacras, seculares, talhadas em madeira e em estilo barroco. Acredita-se que muitas delas tenham sido obras de artistas europeus adquiridas por famílias ricas icoenses e doadas à Igreja.
Dentre estas imagens destacamos a do Senhor do Bonfim, o Cristo Crucificado, e Nossa Senhora da Expectação, Maria em estado de gravidez.
Muitas das imagens estavam com cores alteradas, camadas de verniz e óleo para madeira, partes danificadas e até elementos retirados.
Em ocasião da visita do Ministro da Cultura Gilberto Gil, tendo visto a imagem do Sr. do Bonfim, este deixou prometido o envio de um restaurador e a liberação de verbas para o trabalho. Assim como a Prefeitura Municipal e alguns cidadãos icoenses contribuíram financeiramente para o trabalho de restauro.
O restaruador responsável pela obra foi Emanuel Marques Macedo de Albuquerque. Seu trabalho consistiu na recuperação de cores e elementos nas obras.
Além das imagens já citadas, foram restauradas também o Senhor dos Passos, Nossa Senhora do Rosário, São Sebastião e Santa Luzia.
Uma das grandes dificuldades do restaurador foi encontrar registros escritos com descrições dos elementos policromáticos nas imagens, em outras foi o de remover camadas de tinta e verniz.
Contudo, hoje a grande dificuldade é a de manter as imagens inauteradas e até livre de sujeiras. Com o restauro ficou recomendado o não contato das peças com suor ou saliva. Mas, a consciência da importância em manter as imagens, bem como o seu valor cultural e sentimental, ainda precisa ser despertado no povo. Conscientes ou inconcientes, muitos ainda quiseram manter a tradição de beijar a imagem do Sr. do Bonfim, que acabou por retirar partes da nova pintura e deixar manchas escuras no corpo da imagem.
Necessário se faz não só investir em restaurações, mas também na educação patrimonial, com o objetivo de despertar a consciência de preservação do nosso patrimônio material e imaterial.
Antonio José Lima Pereira
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